O espetáculo teatral "Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos", de São Paulo, circulará algumas cidades do Brasil e a região da Guerrilha do Araguaia com patrocínio da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura e do Governo Federal, contando com audiodescrição para pessoas cegas.
Com direção de Georgette Fadel, este espetáculo foi criado a partir do testemunho das comunidades do rio Araguaia e da história de 12 mulheres, que lutaram e morreram em um dos mais importantes e violentos conflitos armados da ditadura civil militar brasileira: a Guerrilha do Araguaia; que ocorreu entre os estados do Pará e do Tocantins (então Norte de Goiás), entre abril de 1972 e janeiro de 1975. A Guerrilha reuniu cerca de 70 pessoas, sendo 17 mulheres, que saíram de diversas cidades do país para participar do movimento que pretendia derrubar a ditadura e tomar o poder cercando a cidade pelo campo.
Em Palmas, o grupo realiza 2 apresentações no Theatro Fernanda Montenegro e uma oficina gratuita no Espaço Cultural. A oficina é mediada pela atriz Fernanda Haucke.

Todas as ações em Palmas são desenvolvidas em parceria com a Fluxo Criativo, que foi contatada para realizar o serviço ainda em 2018.
Para os idealizadores do projeto, mergulhar na guerrilha do Araguaia significa reconhecer o histórico das militâncias brasileiras, das lutas que constituem uma resistência à questões históricas de nosso país. Para eles, não se trata de uma luta de outro tempo, e sim de uma luta escancaradamente legível no Brasil atual, não só pelo fato de que suas testemunhas, camponeses do Sul do Pará, estão vivos e carregam essa história em suas costas e corações ou porque as famílias dos guerrilheiros do Araguaia ainda lutam por seus desaparecidos, mas também pelo fato de que a mesma violência intransigente vivida ali ainda existe neste país de frágil democracia.
O espetáculo é um poema cênico criado a partir da história dessas mulheres, de sua luta e das memórias do que elas viveram e deixaram naquela região. A peça teatral também busca iluminar esse importante episódio da história do país ainda tão nebuloso. “Certas coisas devem ser feitas: manter a chama acesa, relembrar e iluminar a história das lutas e dos lutadores, com todas as contradições que cada luta carrega”, destaca a diretora Georgette Fadel.
Além de Palmas, o espetáculo fará apresentações também em Araguaína (06/08), Xambioá (08/08), São Geraldo (10/08), São Domingos (12/08), Marabá (14 e 15/08), Belém (22 e 23/08) e Goiânia (29 e 30/08).
Você pode adquirir ingressos e conhecer outras informações do projeto no site bit.ly/ingressoguerrilheiras

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